quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DOENÇAS RESIRATÓRIAS REPETIDAS

As doenças respiratórias, tais como bronquite, sinusites, otites, amigdalites e resfriados, em muitas crianças podem apresentar recidivas, isto é, aparecem novamente, pouco depois da criança ter sido aparentemente curada. Isso acontece quando as defesas da criança estão diminuidas. Nesses casos, é preciso não tratar a criança somente quando está em crise, mas investigar, por meio de exames laboratoriais e testes, se a criança tem alergia respiratória, baixa de imunidade, falta de vitaminas e sais mineirais, anemia, verminose, etc.

Para muitas doenças existem atualmente vacinas preventivas, como as da gripe e da pneumonia, que devem ser aplicadas rotineiramente . Quando existe alergia respiratória, identificada por meio de testes, há necessidade do controle ambiental, isto é, da eliminação das causas de alergia dos ambientes frequentados pela criança (lar, casas de avós ou tias, escola etc.), bem como um tratamento dissensibilizante com vacinas apropriadas, por via oral ou injetáveis. Quando existe baixa de imunidade, fazendo com que a criança tenha infecções respiratórias
frequentes, vários medicamentos, chamados imunoestimulantes, devem ser usados.

É aconselhável também tentar determinar quais os germes que mais acometem a criança, juntamente com a verificação dos antibióticos aos quais esses germes são sensíveis, mediante culturas específicas .

Todos esses procedimentos levam certo tempo e exigem um contato repetido com o pediatra, que pedirá a ajuda de outros especialistas se necessário, e necessitam uma colaboração intensa e contínua por parte dos familiares da criança.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PROBLEMAS NA FALA

Os pais ficam preocupados se a criança demora a começar a falar, com razão. Uma das causas mais comuns é a hipoacusia, ou dificuldade em ouvir alguns sons, ou até mesmo a surdez completa, Por isso se deve fazer atualmente o “teste da orelhinha” logo nos primeiros meses de vida ou até mesmo no recém-nascido, já nas maternidades. Outra causa é atraso no desenvolvimento psico-motor, por problemas neurológicos. O pediatra deve ser consultado se a criança já não estiver dizendo algumas palavras com 12 meses ou pouco mais.

Aos 4 anos a criança já tem possibilidade de falar todas as palavras corretamente. Quando há troca de fonemas (toda-tola, tabelo etc) deve ser consultada uma fonoaudióloga, para avaliação e tratamento. Caso contrário, a criança apresentará dificuldades quando for para a escola.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

DEPRESSÃO NA CRIANÇA E NO JOVEM

Daqui a 20 anos, a depressão será a doença prevalente, superando o câncer e as doenças do coração, avaliam os especialistas que participaram da Primeira Reunião Global de
Saúde Mental, em Atenas, na Grécia, promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que cerca de 18 % da população sofre de depressão.

Ficou claro que cerca de metade dos transtornos mentais surgem antes dos 14 anos de idade. Realmente, nos meus 56 anos de atividade pediátrica, nunca vi tantos casos de depressão e angústia infantil na infância e na adolescência do que nos últimos anos, necessitando de tratamento por remédios e psicoterapia.Assim, se uma criança ou jovem, de ambos os sexos, está muito nervosa, preocupado demais com a atividade escolar, tem medos irracionais (medo de elevador, medo do escuro, medo de pequenos animais etc), poderá.estar com um problema do sistema nervoso; e necessitar de ajuda do pediatra ou hebeatra (que atende aos adolescentes).

Acredito que isso está acontecendo porque vivemos em uma sociedade muito estressante. É a TV com sua coleção de notícias sobre todo tipo de crimes e desastres, além dos filmes e programas mostrando a violência e a criminalidade, “games” também exaltando a violência, a grande ênfase na competição (campeonatos esportivos, concursos de misses, provas escolares, vestibulares, concursos para empregos, crise econômica, desemprego...). A criança e o jovem se sentem inseguros tanto no presente quanto no futuro, surgindo uma reação psicológica.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ENGASGO

A imprensa noticiou o triste acidente em que um menino de 4 anos faleceu, engasgado com um chiclete, em Belo Horizonte. Não é um caso raro. Em um Pronto Socorro de Belo Horizonte, no primeiro semestre deste ano (2009), 1.383 crianças até 12 anos foram atendidas com esse problema. Mas é preciso salientar que, quando a sufocação é completa, dificilmente há tempo para procurar um serviço médico antes do falecimento. A vítima não consegue tossir com força, falar e começa a ficar roxo. Está se asfixiando. Por isso mesmo, é fundamental que a própria família saiba o que fazer, para tentar desobstruir as vias aéreas.

Em primeiro lugar, nunca tentar retirar o objeto que está sufocando de dentro da garganta. Essa tentativa pode aprofundar mais o objeto e ainda piorar a situação. O que fazer, então ?

Não entre em pânico. Não adianta correr para procurar socorro médico, não haverá tempo para isso. Se a criança for maiorzinha, deve ficar em pé, inclinada, com a cabeça mais baixa do que o peito. O adulto fica atrás dela e a abraça na altura da cintura (da vítima), com uma mão segurando a outra, fazendo uma espécie de anel em volta da cintura da criança. Dê um apertão forte, repetido quatro vezes. A intenção é esvaziar todo o ar dos pulmões da vítima, para expulsar o objeto das vias aéreas.

No caso de crianças menores, deite-a de bruços, apoiada em um dos seus braços com a cabeça ligeiramente inferior ao resto do corpo. Com a outra mão espalmada, dê quatro pancadas fortes no meio das costas da criança.

Conseguindo desobstruir a criança, leve-a então a um serviço médico, para avaliação de seu estado geral.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

VIOLÊNCIA NA TV

Há algum tempo se discute se os atos de violência mostrados na TV levam adolescentes a imitar tais atos.Os responsáveis pelas TV negam tal relação, mas agora a Academia Americana de Psiquiatria da Infância e do Adolescente terminou um estudo comprovando que os adolescentes têm grande tendência a imitar esses atos na vida real. Eles não mais se revoltam com a violência; acreditam que a violência é uma maneira de resolver problemas; identificam-se com os “heróis” dos filmes de violência. A Academia recomenda, em conseqüência, que os pais controlem a TV em suas casas, para evitar que seus filhos se exponham a esses tipos de cenas. Nos Estados Unidos, várias organizações de pais já existem com o objetivo de pressionar as emissoras de TV a eliminarem tais programas, pelos menos nos horários mais assistidos por crianças e adolescentes. No Brasil, impõe-se a necessidade de movimento semelhante.Pais e professores devem fica atentos a esse problema,

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PREVENÇÃO DO CÃNCER DO ÚTERO

Uma pesquisa feita no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo revelou que 65% das mulheres contraíram o vírus HPV (siga em inglês para o papiloma vírus humano) no primeiro contato sexual. A maior preocupação é com as adolescentes. Dados do estudo mostram que, aos 14 anos, 32% das meninas já tiveram algum tipo de contado sexual.

Outra pesquisa, feita no Instituto Fernandes Figueira, do Rio de Janeiro, mostrou que, no primeiro ano de atividade sexual, 24,1 % das jovens estudadas, com idade entre 11 e 19 anos, apresentaram lesões no colo do útero.O câncer do colo do útero, que se pode seguir a essas lesões, é o terceiro mais comum entre as mulheres. Logo após o câncer de pele e o da mama.

O exame de Papanicolau é importante para o diagnóstico, pois a doença do papiloma vírus , em 90% dos casos, pode ser curada em até 2 anos de tratamento.

Mas o melhor é prevenir. As adolescentes devem receber, antes de iniciar a vida sexual, a vacina já existente contra o papiloma vírus, que deve ser aplicada em 3 doses.Ainda é cara, mas vale a pena.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ALCOOL E ADOLESCENTES

Tive conhecimento de que, em uma festa de debutante, em nossa cidade, os adolescentes tiveram acesso não só a cerveja, mas também a vodca, caipirinha, etc. Ora, segundo estudioso da Universidade Federal de São Paulo, 22 milhões de homens brasileiros abusam do álcool (aumento de 30 % em relação há 10 anos arás), enquanto 12 milhões são alcoólatras, isto é, não podem viver sem ingerir diariamente grandes quantidades do tóxico. Já as mulheres constituem 8 milhões das que abusam do álcool e 5 milhões de alcoólatras (aumento de 50 % em relação há 10 anos atrás)

Há casos de meninos e meninas que começam a beber aos 12, 15 anos e se viciam. Começam justamente nessas festas aparentemente inocentes de adolescentes e, acostumando-se à euforia inicial que o álcool produz, encaminham-se para o vício.

Não é preciso citar os males que o álcool faz à saúde e à vida social, profissional e familiar do alcoólatra. São bem conhecidos de todos. Mas os estudiosos do tema descobriram que as mulheres não conseguem processar o álcool tão eficientemente quanto os homens, Nelas, portanto, o álcool produz males maiores. Só para citar dois exemplos : o risco de hipertensão é 40 % maior nas mulheres alcoólatras do que nos homens alcoólatras; o risco de cirrose hepática é 3 vezes maior no sexo feminino.

Os familiares têm um papel muito importante na prevenção do alcoolismo e seus males nos jovens. Não devem permitir bebidas alcoólicas nas festas. Mais importante ainda : dar o exemplo não bebendo álcool em hipótese alguma. O hábito de beber cerveja não é indispensável à vida. È fruto da propaganda, principalmente televisiva, onde os anúncios das várias marcas estão aliados a mulheres lindas e sensuais, a atores e cantores conhecidos, a cenários prazerosos e com muita alegria. Alegria é um sentimento de quem está feliz; só a infelicidade faz com que alguém tenha que se alcoolizar para sentir-se alegre.No fim, é a ânsia de lucro financeiro por trás de tudo e em detrimento da saúde de todos... Ajude sua filha e seu filho a ser uma pessoa feliz; não um viciado !

domingo, 6 de setembro de 2009

AS MOLEIRAS DO BEBÊ

As moleiras dos bebês são frequentemente uma das preocupações dos pais, principalmente os “de primeira viagem”, logo após o nascimento dos filhos. As fontanelas, nome técnico das moleiras, são abertura dos ossos do crânio do bebê, separadas por tecido mais mole do que o osso, tecnicamente chamadas de suturas. Essas aberturas permitem que os ossos do crânio se acavalem na ocasião do parto vaginal, fazendo com que a cabeça do bebê fique menor e facilitando sua passagem pelo canal vaginal da mamãe.
Logo após o parto a cabeça do bebê pode apresentar algumas deformidades, que são corrigidas nos dez primeiros dias de vida.
As fontanelas que permanecem abertas logo após o nascimento. São as chamadas fontanela posterior e fontanela anterior. A posterior se fecha inteiramente entre 3 a 6 semanas de vida. A anterior, que é maior, só fica completamente fechada apenas aos 2 anos de idade.
Pela apalpação da fontanela anterior, o pediatra pode obter informações valiosas. Quando seu fechamento está retardado, pode haver raquitismo ou hipotireodismo. Ela está abaulada nas infecções do sistema nervoso, as meningites. Fica deprimida na desidratação.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

CARNE VERMELHA

A ingestão de carne vermelha traz muitos benefícios, porque contém proteínas para a construção do organismo e ferro heme, o mais bem absorvido, que evita a anemia.
Mas a carne vermelha também tem alguns defeitos: são ricas em gordura saturadas, que fazem mal ao organismo. Ainda mais, alguns animais recebem antibióticos e hormônios que são nocivos ao nosso corpo. Por outro lado as carnes em forma de churrasco têm uma substância que pode provocar câncer no sistema digestivo.
Ao comprar carne bovina, escolha sempre as partes mais magras : patinho, maminha, músculo, lagarto, filé mignon, coxão duro e coxão mole. Retire sempre a gordura aparente e só use carnes cozidas, assadas ou grelhadas, evitando o óleo e as frituras.
Adaptado da nutricionista Elisa Barbosa Loureiro, A VOZ DA SERRA, 29/08/09

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

DISLEXIA -Dificuldade em aprender

Um caso especial de dificuldade em aprender

Se seu filho é esperto, conversa bem, é curioso, mas está com dificuldades para aprender a ler e escrever, ele pode estar com um problema chamado DISLEXIA. Trata-se de um funcionamento imperfeito do sistema nervoso. A criança tem dificuldade para reconhecer, reproduzir, associar e ordenar os sons e as formas das letras, organizando-os de forma correta, o que é essencial para aprender a ler e a escrever. Não se trata propriamente de uma doença mas de uma característica específica daquela criança, provavelmente hereditária, pois geralmente há mais alguém na família que teve o mesmo problema.

Não tem nada a ver com a inteligência. Pessoas famosas tiveram DISLEXIA, como é o caso, entre outros, de Albert Einstein, de Agatha Christie, de Nelson Rockfeller, de Tom Cruise.

Descobrindo o problema cedo

É importante descobrir esse problema cedo, pois, caso contrário, os professores e os próprios pais podem pensar que a criança não presta atenção às aulas ou não estuda bastante. Às vezes, a criança chega a ser censurada ou mesmo castigada por isso. Quanto mais adiantada a criança, mais se torna necessário a leitura e a escrita e maior a exigência em cima dela.

Os próprios pais podem desconfiar do problema

Precisa-se, portanto, separar as crianças com DISLEXIA daquelas que tem outros problemas de aprendizagem. Os próprios pais podem desconfiar do problema : a criança demora a aprender a dar laços nos cordões dos sapatos, não consegue recitar o alfabeto na ordem certa das letras nem os dias da semana nem os meses do ano, tem dificuldade em fazer recortes e em desenhar, não consegue jogar bola e pular corda direito, não acerta em ver as horas nos relógios, não distingue bem entre direita e esquerda, etc.

Para confirmar a suspeita dos pais e orientar o tratamento , é bom consultar um profissional, seja um pediatra seja uma fonoaudióloga ou uma psicopedagoga.

Como os pais devem agir

Nos casos positivos, os pais devem adotar uma atitude de encorajamento, elogiando a criança por todo e qualquer conquista escolar, em lugar de censurar, ridicuralizá-la ou castigá-la. Não fazer comparações com outras crianças. Ler em voz alta com ela e também para ela.